Depois
de interromper as negociações com os policiais civis acerca do
reajuste de 37% que foi concedido aos policiais federais e também
pleiteado pelos agentes do DF, o governo, depois de oferecer três
propostas que foram rejeitadas, agora os chama novamente, mas com
discurso diferente depois de uma reunião ontem no gabinete do
Procurador-geral do DF, Leonardo Bessa.
Uma
nota publicada hoje (25) na coluna Eixo Capital do jornal Correio
Braziliense, sob o título “Sem vinculação”, dá a impressão
de que as afirmações do governador Rodrigo Rollemberg aos
comandantes e integrantes das duas forças militares de “tratamento
igual para todos” parece estar caindo por terra.
Segundo
a nota, os integrantes do governo Rollemberg mudaram o tom em relação
à campanha salarial dos policiais civis e disseram que não haverá
vinculação entre a proposta a ser oferecida à categoria em relação
ao que pleiteiam os policiais e bombeiros militares. A crise
provocada pela entrega dos cargos de chefia em delegacias acabaram
assustando a equipe civil do governo, cujo articulador tem sido o
Chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
Nas
corporações o clima é de expectativa e confiança nas promessas do
governador Rollemberg e, principalmente, nas afirmações dos
comandantes militares, coronéis Nunes (PMDF) e Hamilton (CBMDF) e do
Chefe da Casa Militar, coronel Ribas, de que em hipótese alguma será
aceito aumentos diferenciados. Duas assembleias foram realizadas
semana passada por Oficiais e Praças para referendar e apoiar as
afirmações do governador. No entanto, ouvido alguns membros das
corporações que analisaram um texto anônimo divulgado ontem nas
redes sociais de grupos policiais, e que o blog teve acesso, as
opiniões são de que o clima também é tenso dentro das
casernas. “Eles
não nos promoveram agora com medo da reação da polícia civil e
vão dar a desculpa de que teremos aumento agora em setembro no
auxílio-moradia e em dezembro farão milhares de promoções para
pagarem com o orçamento de 2017 acalmando a tropa, tudo devidamente
acordado”,
disse um policial ao blog que não se identificou por receio de
represálias. “Não
podemos continuar sendo os burros de carga da segurança pública,
queremos tratamento respeitoso e valorização, nada mais”,
afirmou outro policial.
Veja
abaixo o texto postado nas redes sociais de grupos policiais sob o
título“ROLLEMBERG
NÃO AGUENTOU A PRESSÃO”,
parece que já se previa o que viria pela frente, (Grifo nosso):
“ROLLEMBERG
NÃO AGUENTOU A PRESSÃO
Assustado
pelas operações desencadeadas pela Polícia Civil por determinação
da Procuradoria Geral do DF, Promotorias Públicas e Ministério
Público, o governador Rodrigo Rollemberg abriu as pernas,
literalmente, para as reivindicações da Polícia Civil que exigem a
equiparação com a Polícia Federal no que tange ao reajuste de 37%
oferecido aos federais e assim manter a paridade. Hoje, uma reunião
que começou às 11h30 no gabinete do procurador-geral de Justiça do
DF, Leonardo Bessa, contou com a participação de vários
integrantes do governo. Estavam lá o chefe da Casa Civil, Sérgio
Sampaio, a secretária de Planejamento, Leany Lemos, a
procuradora-geral do DF, Paola Aires, e o secretário de Fazenda,
João Fleury. Nenhum representante dos militares esteve presente.
Controlada a Polícia Militar com a não redução dos interstícios
para as promoções que deveriam ter ocorrido no último dia 21 e
supostamente geraria despesas, o campo ficou livre para as tratativas
com a Polícia Civil. A não ser que o comandante da PMDF, coronel
Nunes e o Chefe da Casa Militar, coronel Ribas, deixem de sustentar
as afirmações de que não aceitarão aumentos diferenciados, a
possibilidade do reajuste sair aos civis é muito grande. Segundo
informações de fontes confiáveis, ao que parece, a estratégia da
PCDF funcionou perfeitamente. A pressão para a publicação dos
pedidos de exonerações, principalmente na delegacia que está
responsável pelas investigações dos grampos da Mesa Diretora da
CLDF, não deixou muitas alternativas para Rollemberg. Ou sentava
para conversar ou o lastro poderia se estender causando estragos
irreparáveis ao governo. Agora é esperar para ver se a coisa anda
pra valer e se os comandantes militares serão capazes de manter suas
palavras dada a tropa. Se der pra trás ninguém será capaz de
prever o futuro, principalmente depois de mais um tapa na cara. Na
minha opinião só existe uma chance de que esse reajuste que por
ventura seja oferecido aos civis atinja a nós militares: que a
Associação dos oficiais da reserva e da ativa, ASSOR e ASOF, tanto
da PM como do BM façam pressão, pois a desculpa que Rollemberg dará
aos militares é que agora setembro receberemos aumento no auxílio
moradia e que podemos esperar até o ano que vem. Quem viver, verá”.
Resta
agora aguardar as definições e torcer para que os protagonistas
tenham bom senso e se chegue a um acordo onde todos sejam
beneficiados. Com certeza, todos ganharão, mas, principalmente a
população que está assustada com a alta criminalidade que tem
assolado nossa capital.
Da
redação,
Por
Poliglota…
2 Comentários
Temos que aguardar o fim das negociações da PCDF e começar o nosso movimento, pois da forma que está, não sai pra ninguém e nos nivelamos por baixo...
ResponderExcluirEsse movimento de desgaste só interessa pra político... Esse Fraga não vê o nosso lado, só vê o lado político...
Esquece polícia civil. Cada um no seu quadrado m
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.