Por G1 DF
Uma
auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) constatou o
pagamento irregular de auxílio-moradia a casais de policiais
militares e bombeiros. São casos de maridos e mulheres que vivem
juntos, mas recebem cada um o mesmo benefício – inclusive já
contando com casa própria.
O
levantamento foi enviado para o Tribunal de Contas da União. Mesmo
sem informar quantos militares casados estão recebendo o benefício
de forma irregular, o relatório cobra fiscalização. Ele recomenda
que o auxílio "cheio", quando inclui dependentes em comum,
seja pago apenas para um dos cônjuges. Também pede devolução dos
auxílios pagos indevidamente.
Graças
a uma lei de 2002, todo bombeiro e policial militar – seja na ativa
ou aposentado – tem direito a receber o auxílio. Ele varia de R$
283,53 a R$ 1,2 mil por mês, dependendo da patente. Quando o militar
tem dependentes, o valor triplica: chega a até R$ 3,6 mil mensais.
Em
todo o ano de 2016, foram pagos R$ 317 milhões em auxílio-moradia.
Desses, 37% a 9,5 mil bombeiros e os outros 63% a 22,9 mil policiais
militares do DF.
De
acordo com o diretor de auditoria de políticas econômicas da CGU,
Guilherme Mascarenhas, metade dos militares que recebem auxílio tem
casa própria. São mais de 16 mil. Neste grupo, 3 mil têm mais de
um imóvel.
“Não
faz sentido conceder um auxílio para um servidor público militar
que não vai ser obrigado, em função da necessidade de serviço, a
efetuar uma mudança de cidade relevante, tanto que mais da metade
possui um imóvel próprio”, declarou Mascarenhas. Apesar dos
gastos, ele frisa que nenhum dos casos é ilegal.
Outros
lados
O
Corpo de Bombeiros informou que suspendeu o pagamento do benefício
aos militares que estão nesta situação, após ser feita esta
auditoria da CGU.
A
PM disse que suspendeu o pagamento duplicado de todos os militares
nesta condição, antes mesmo da auditoria, uma vez que as
irregularidades foram apontadas em dezembro de 2016.
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