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PINTURA DO MUSEU DA REPÚBLICA, QUE CUSTOU R$156 MIL “DESAPARECE"

Por Luiza Garonce do G1 DF
A fachada do Museu Nacional da República em Brasília, pintada há oito meses, começa a dar sinais de que a pintura que custou R$ 156 mil precisa ser refeita. As paredes externas do prédio projetado Por Oscar Niemeyer foram revitalizadas em abril, após serem pichadas durante manifestações e ganharem uma " saia" branca de moradores do DF que tentaram cobrir as mensagens de protesto.
Na época, a Secretaria de Cultura, que é responsável pela manutenção do museu, informou que o investimento na reforma incluía serviços de lavagem, impermeabilização e pintura. A renovação estética também visava evitar infiltrações, segundo a pasta.
O G1 entrou em contato com a secretaria e com a administração do Museu da República e questionou a durabilidade da tinta, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Ainda em abril, a secretaria disse que a revitalização da parte externa do museu estava contemplada em um contrato de serviços de manutenção destinado a todos os prédios administrados pela pasta, como a Biblioteca Nacional da República, que fica na mesma praça.
A empresa contratada por meio de licitação foi a RVA Comércio e Serviços de Construções Eireli – o valor máximo previsto na edital era de R$ R$ 4.529.999, sendo R$ 156.628,74 apenas para a reforma da fachada do museu.
Pichação e cobertura
A primeira mudança na fachada do Museu da República ocorreu em novembro do ano passado, quando manifestantes picharam toda a "barra" do prédio com frases como "Fora, Temer", "Não à PEC do fim do mundo" e "Ocupa e resiste".
Na ocasião, estudantes de todo o país protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 – que limitava os gastos do governo pelos próximos 20 anos. No dia seguinte, dois moradores do DF começaram a cobrir as pichações com tinta branca, mais clara que a pintura acinzentada da época.
Outros pontos turísticos
Outros pontos turísticos de Brasília também precisam passar por revitalização. A ponte JK, por exemplo, está acinzentada por falta de manutenção. A última vez que o cartão postal da capital passou por limpeza foi em 2014. Na ocasião, a TV Globo registrou imagens das equipes de trabalho, que utilizaram equipamentos de rapel.
Em 2016, foram trocados os cabos de guarda-corpo, que fazem a segurança dos pedestres. O valor total da manutenção, nos dois anos, foi de R$ 75 mil, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
Sobre a limpeza dos arcos, a Novacap informou que um técnico vai avaliar o estado da ponte e solicitar a manutenção "dentro das necessidades e da viabilidade da companhia". Para garantir a manutenção continuada da ponte, a companhia também disse que está elaborando um projeto de licitação que deve incluir serviços como limpeza e pintura, troca de guarda-corpo, iluminação e cabos.
A Ponte Honestino Guimarães, que interliga a Asa Sul ao Lago Sul, também está precisando de tinta, com manchas de uma extremidade à outra. Sobre ela, a Novacap informou que "realiza o monitoramento do local e irá produzir diagnóstico da estrutura para, posteriormente, elaborar projeto de manutenção continuada".

Na Praça dos Três Poderes, onde ficam o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto, os ladrilhos do chão estão soltos, as grades de ferro que limitam o acesso aos prédios estão retorcidas e, em alguns pontos, há grama onde não deveria haver.
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