Fogo destruiu ao menos 500
casas, quase todas de madeira, no bairro Educandos, na noite desta
segunda-feira (17)
Cerca
de 2.500 pessoas foram atingidas pelo incêndio que destruiu ao menos
500 casas, quase todas de madeira, no bairro Educandos, zona sul de
Manaus, na noite desta segunda-feira (17).
As
chamas começaram por volta de 20h30 e só foram controladas na
madrugada desta terça. Ninguém morreu, mas 17 pessoas ficaram
feridas, uma delas sendo internada em estado grave.
A
uma semana do Natal, 350 famílias ficaram desalojadas e foram
acolhidas em casas de amigos, vizinhos ou parentes. Outras 150
famílias devem passar o fim de ano nos abrigos improvisados pela
prefeitura e pelo governo do estado em duas escolas públicas, uma
igreja e um centro social, todos no mesmo bairro.
As
informações são do secretário estadual de Defesa Civil, Fernando
Pires. Segundo ele, o governo do estado prometeu conceder às
famílias cadastradas um "auxílio financeiro" de R$ 90,
kits de higiene e dormitório (colchão, lençol) e três meses de
cesta básica, além de distribuir mil galões de água potável como
medidas emergenciais.
Apesar
da suspeita de que o estopim do incêndio teria sido a explosão de
uma panela de pressão, o delegado-geral de Polícia Civil, Frederico
Mendes, afirmou que só será possível apontar a causa do incidente
após a conclusão da perícia e das investigações.
O
titular da SSP/AM, Amadeu Soares, foi quem apontou para a
possibilidade da explosão e do fogo ter sido espalhado rapidamente
pelo vento.
No
entanto, o delegado Divanilson Cavalcante informou que a Polícia
Civil instaurou um inquérito para investigar as causas do incêndio
e que o Instituto de Criminalística será responsável pela perícia.
O
prefeito Arthur Neto (PSDB) também prometeu ajuda às famílias.
Além de estudar a possibilidade de conceder um aluguel social por
seis meses aos atingidos, ele disse que estuda ceder as casas de um
residencial do programa Minha Casa, Minha Vida, que está em
construção, em Manaus.
Arthur
prometeu, ainda, assinar um decreto de calamidade pública para
agilizar o processo de compra de "tudo o que for necessário"
para ajudar as famílias.
De
acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o difícil acesso ao
local do incêndio, que é feito por becos e vielas (muitos com
carros estacionados, fechando a passagem), e o fato de as casas serem
de madeira e ficarem "coladas" umas nas outras dificultaram
o combate ao fogo.
As
ligações irregulares ou clandestinas de energia, os chamados "gatos
de energia", bastante comuns em Manaus, também podem ter
contribuído para um curto-circuito.
Apesar
do poder de destruição das chamas, que levaram mais de três horas
para serem controladas, mobilizaram todos os veículos de combate a
fogo dos bombeiros em Manaus e mais de 100 mil litros de água, não
há registros de vítimas fatais.
De
acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, quatro pessoas
foram resgatadas por médicos do SAMU durante o incêndio e levadas a
hospitais da cidade.
Já
a Secretaria Estadual de Saúde informou que 17 vítimas do incêndio
receberam atendimento nas unidades de saúde.
Entre
elas estão uma mulher de 45 anos, cardíaca, com sintomas de
intoxicação por fumaça, que sofreu uma parada cardiorrespiratória
e está internada em estado grave, e um homem de 45 anos, que estava
ajudando as vítimas quando foi atingido por um muro que desabou
durante o incêndio. Ele passou por exames, recebeu curativos e teve
alta.
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