O
Banco Regional de Brasília, atingido por escândalos de roubalheiras
e corrupção, que levaram alguns de seus diretores para a cadeia no
início do ano, além do pouco desempenho e dos altos salários
pagos aos funcionários, pode ser privatizado pelo governo Ibaneis.
Na lista das privatizações consta ainda empresas deficitárias
e ineficientes como a CEB, CAESB, e Metrô.
Por
Toni Duarte
O
tema de privatização de empresas públicas do GDF voltou a ser o
centro de debates nesta quinta-feira (09/05), na Câmara
legislativa.
Estatais
como BRB, CEB, Caesb e o Metrô-DF, que estão causando rombo e
prejuízos de milhões de reais a sociedade, estão na lista das
privatizações . Deputados de oposição e sindicalistas esperneiam
contra e defendem o velho e viciado pântano público custeado pelo
contribuinte.
O
secretário de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, André
Clemente que participou dos debates sobre o tema na Câmara
Legislativa disse que a preocupação da atual gestão local é
entregar serviços melhores para a população.
Clemente
afirmou que o governo esta se empenhando para tornar esses setores.
“Temos que inovar sim, pois infelizmente houve alguns erros no
passado”, explicou.
Os
erros do passado que respinga no presente e pode continuar no futuro,
apontado por Clemente, tem muito a ver com o assalto de
mais de R$ 40 milhões no Banco Regional de Brasília (BRB), levados
em forma de propinas pagas por um esquema criminoso que levou para a
cadeia três de seus diretores no dia 29 de janeiro desse ano.
O
esquema foi confessado pelo delator da Lava Jato Lúcio Funaro ao
entregar o submundo do crime instalado no BRB para ter a sua pena
reduzida.
A
quadrilha operava em pontos-chaves do BRB e atuava desde o governo
Agnelo, passando pelo governo Rollemberg e queria continuar no
governo Ibaneis.
No
entanto, a casa caiu no primeiro mês do atual governo.
A
“arena da roubalheira” ou o “Circus Maximus,” nome dado a
operação da Policia Federal, levaram para a cadeia o presidente
licenciado Vasco Cunha Gonçalves; o diretor Financeiro e de Relações
com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e o diretor de Serviços e
Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro.
O
BRB conta com um quadro de 3.280 empregados. Muitos dos funcionários
do banco ganham mais do que prevê a lei. Por exemplo, o
ex-presidente Vasco Cunha Gonçalves, que foi para a cadeia por crime
de corrupção, tinham um salário de R$ 45 mil.
Apesar
do esforço feito para levantar a imagem do banco estatal, enlameada
pela corrupção e roubalheira do dinheiro público, o GDF resolveu
debater com a sociedade sobre a manutenção ou não do BRB.
Também
presente nos debates da CLDF sobre o tema privatização, o
secretário de projetos especiais da Casa Civil do GDF, Everardo
Gueiros, deixou claro que o governo não quer ser o dono da verdade,
mas busca procurar soluções que visem melhorar a imagem das
empresas públicas.
“O
Estado tem que cumprir o seu papel com a sociedade. Atualmente o
governo não tem capacidade de investimento, portanto temos que
estudar meios para recorrer ao capital privado em alguns momentos”,
disse.
Fonte: Radar DF
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