União vai oferecer limite de R$
13 bilhões por ano em garantia
O Ministério da Economia vai
lançar nesta semana o pacote de ajuda aos estados em dificuldades
financeiras, chamado de Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF). O
lançamento da medida foi confirmado hoje (13) pelo Palácio do
Planalto, mas precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional para
entrar em vigor.
"É uma iniciativa do
governo federal de equilíbrio fiscal e auxílio aos estados que não
podem pegar empréstimos com garantias da União e, ao mesmo tempo,
não se encaixam no regime de recuperação fiscal (RRF)",
afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo
Barros.
O PEF, que recebeu do governo o
apelido de Plano Mansueto (em referência ao secretário do Tesouro
Nacional, Mansueto Almeida), prevê a concessão de empréstimos
com garantia da União (nos quais o Tesouro cobre eventuais
calotes) no valor R$ 13 bilhões por ano.
"O
plano é voltado para estados de classificação C no rating que
considera a capacidade de pagamento de cada unidade da federação. O
secretário [Mansueto Almeida] argumenta ainda que os
empréstimos serão liberados em divisões contratuais sob a condição
de que a poupança corrente melhore anualmente, de modo que o estado
volte para a classificação B em 2022", acrescentou Rêgo
Barros.
Os empréstimos serão
concedidos por bancos públicos, privados ou organizações
internacionais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ainda não foi definido se o próprio Tesouro Nacional também
concederá os empréstimos.
O dinheiro do PEF deverá ser
liberado de maneira gradual até 2022, uma parcela por ano até o fim
do mandato dos atuais governadores. O Ministério da
Economia acompanhará as medidas de ajuste fiscal dos estados.
Caso o plano não prossiga, a liberação do dinheiro será
interrompida.
PEF x RRF
O Regime de Recuperação Fiscal
(RRF) foi criado no fim de 2016 e aplicado até agora apenas no
estado do Rio de Janeiro. Essa plano beneficia estados com
déficits elevados e com dívidas altas. O programa oferece
suspensão do pagamento dos serviços da dívida por três anos e
apoio financeiro em troca de um plano de ajuste que envolve
redução de gastos, aumento de impostos e privatizações. Já o PEF
destina-se a estados com altos níveis de despesa com o funcionalismo
local, mas baixo endividamento.
Classificação dos estados
Conforme a nota de crédito do
Tesouro Nacional, divulgada no último Boletim de Finanças dos Entes
Nacionais, no ano passado, 11 estados possuem classificação C e
poderão ser beneficiados diretamente pelo PEF: Bahia, Distrito
Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Outras 13 unidades da federação
(Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Pará,
Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima e São Paulo), que
possuem notas de crédito entre A e B, continuam habilitadas a obter
crédito com garantia da União em valores acima do que será
oferecido aos estados com nota C.
A pior situação fiscal entre
os estados, segundo a nota de crédito do Tesouro Nacional, são Rio
Grande do Sul e Rio de Janeiro, ambos com nota D. Minas Gerais não
teve classificação nos dois últimos anos analisados pelo boletim,
porque não apresentou disponibilidade de caixa.
Fonte: EBC
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