Entre denunciados estão
funcionários da Vale e da TUV SUD
O Ministério Publico de Minas
Gerais (MPMG) denunciou hoje (21) o ex-presidente da Vale, Fabio
Schvartsman, e mais dez funcionários da mineradora pelo rompimento
da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no ano
passado. De acordo com o MP, os denunciados devem responder na
Justiça pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de
matar, porque teriam responsabilidade na morte de 270 pessoas, que
foram soterradas pela avalanche de rejeitos da represa.
Segundo o MP, cinco funcionários
da empresa TÜV SÜD, que também foram denunciados, auxiliaram a
Vale na emissão de declarações falsas de estabilidade da barragem
do Córrego do Feijão.
Em coletiva de imprensa,
realizada em Belo Horizonte, os promotores responsáveis pela
investigação afirmaram que a Vale tinha conhecimento da falta de
segurança da barragem e que a empresa tinha uma "lista
sigilosa" na qual estava listava a "situação inaceitável"
de segurança do local. Desde a tragédia, o Corpo de Bombeiros
permanece realizando buscas para encontrar os corpos. A barragem se
rompeu em janeiro de 2019, resultando em
mortes e na destruição de casas e equipamentos públicos
na cidade, que fica próxima à capital mineira, Belo Horizonte.
Em nota à imprensa, a TÜV SÜD
informou que está cooperando com as autoridades e reiterou o
"compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem
esclarecidos". A Vale ainda não se manifestou sobre a denúncia.
Fonte: EBC
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