Banner Acima Menu INTERNAS

A IMPRENSA QUE IGNORA O POVO

Jornais ignoram manifestações populares organizadas por grupos de direita. Na Folha a menção não tem mais do que duas linhas, contra quatro colunas sobre a troca do ministro da saúde.
O último domingo (14) foi marcado por manifestações em vários pontos do país. A pauta em todas elas era comum: o fim da tirania de prefeitos e governadores e o apoio ao Presidente da República Jair Bolsonaro. Somente em Brasília, capital federal, a carreata tomou 5 das 6 faixas do Eixo Monumental e contou com a presença de figuras públicas como a deputada e presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF). Em São Paulo e no Rio de Janeiro grupos a pé se reuniram na Avenida Paulista e no Posto 5, respectivamente.
Se a população voltou a sair às ruas para cobrar políticos e lutar por mais liberdade, a chamada grande imprensa não deu qualquer destaque à mobilização popular, tão típica da democracia.
A Folha de São Paulo deu o tom que seria seguido por todos os seus pares: a mescla entre uma suposta mudança no Ministério da Saúde e dados sobre o aumento no número de mortes durante a pandemia. Essa postura não é novidade: faz parte da narrativa associar as crises locais da pandemia, geridas por governadores e prefeitos, a supostos deslizes federais.
Entre dicas de investimento e a prisão do jogador Gabriel Barbosa, aparece uma foto das manifestações em São Paulo. Apesar de afirmar que houve atos em "diversas cidades", sem dizer quais, a Folha garante que os atos causaram aglomerações e reuniram "pessoas sem máscara".



Repare bem a disposição das manchetes: a pressão que o governo sofre é sempre cercada de crises relacionadas à pandemia, a problemas econômicos e à prisão domiciliar do deputado Daniel Silveira, transformado ipso facto em arquétipo do bolsonarismo.
Não aparece entre a maioria dos chamados grandes jornais do país uma menção que seja na primeira página às manifestações populares organizadas por grupos de direita. Na Folha a menção não tem mais do que duas linhas, contra as quatro colunas sobre a troca do ministro da Saúde.
Mesmo o Correio Braziliense, fundado pelo histórico Assis Chateaubriant, segue o padrão da cartilha do sudeste e ignora a manifestação que possivelmente foi ouvida de dentro da redação. [O Correio Braziliense fica a 11 minutos da Câmara dos Deputados em uma quase linha reta no Eixo Monumental, palco da carreata de domingo (14)]
Mas é claro que nem tudo no mundo é tragédia e mistificação. O carioca Meia Hora, conhecido por suas manchetes impiedosas, dá uma aula de jornalismo de banca e emplaca seu "Gabingol" para alegria do leitor.
Nós sabemos o que esperar do Meia Hora, mas o que é que nos reserva a extrema-imprensa? 
Fonte: Brasil Sem Medo
Participe do nosso canal no Telegram e receba todas as notícias em primeira mão. CLIQUE AQUI

Postar um comentário

0 Comentários