Enquanto o governo federal aumenta a carga tributária sobre os brasileiros, artistas e produtores culturais ligados à esquerda já garantiram, apenas nos primeiros quatro meses deste ano, a captação de quase R$ 2 bilhões por meio da Lei Rouanet. O valor,que representa uma representa uma renuncia fiscal de mais de R$ 347 milhões, chama atenção pelo volume e pela concentração em poucos projetos – muitos deles com orçamentos milionários.
Desde o início da gestão Lula, o uso da Rouanet disparou, batendo recorde em 2024, quando ultrapassou a marca de R$ 3 bilhões em recursos aprovados. A tendência reforça críticas de que o mecanismo, criado para fomentar a cultura, teria se transformado em um "megafone ideológico" financiado pelo contribuinte.
Muito dinheiro, poucos projetos
Dados do Ministério da Cultura revelam que apenas 10 projetos concentram mais de R 668,7 milhões sem valores aprovados para captação, todos acima de R$ 10 milhões cada. Entre os casos mais polêmicos está um projeto culinário que chegou a ter R$ 533,3 milhões autorizados, mas foi arquivado no início de abril, sem explicações claras.
Histórico de gastos bilionários
O painel de monitoramento do ministério mostra que, ao longo dos anos, mais de R$ 31 bilhões já foram destinados a projetos culturais via Rouanet. Para críticos, o modelo privilegia uma elite artística pró-governo, enquanto pequenos produtores enfrentam dificuldades para acessar os recursos.
"A Lei Rouanet virou megafone ideológico bancado pelo pagador de impostos", afirma o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Enquanto isso, o governo segue ampliando tributos sobre combustíveis, importações e consumo, sem frear os repasses milionários a projetos culturais de aliados.
Com cifras cada vez mais altas e sem transparência sobre a real aplicação dos recursos, a discussão sobre o futuro da Rouanet promete esquentar no Congresso. Para muitos, o céu parece ser o limite quando o assunto é o uso político do dinheiro público.
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