Depois de falhas no concurso do
Corpo de Bombeiros do Distrito Federal nos dois últimos fins de
semana, candidatos enfrentaram nova prova para tentar ingressar na
corporação neste domingo (19/2). Diferentemente da fase anterior,
essa transcorreu sem incidentes.
Desta
vez, eles concorrem a 779 vagas para praças. Ao todo, 30.950
pessoas se inscreveram. Os portões dos locais de provas foram
abertos às 13h e, pelo menos no Sigma da Asa Sul, não houve
confusão, protestos ou queixas sobre a organização do certame.
Desmotivação
Desmotivação
Daniel
Ferreira Rodrigues, 28 anos, diz que fez prova para enfermeiro,
oficial e, agora, para praça do Corpo de Bombeiros. “Após o
cancelamento (das provas para oficial), ficamos desacreditados.
Estávamos com uma boa expectativa. Mas vamos torcer para o problema
ser uma exceção”, disse o jovem.
Lays Angelo gomes, 28, também
foi prestar o concurso neste domingo. “Fiz a prova de
oficial e desmotivei 50% por conta da falta de organização. Esse
concurso já havia sido remarcado no ano passado, quando decidiram
abrir novamente as inscrições. Agora mais essa. Temos que estudar
tudo de novo.”
Kaian
Alves, 25, vai apenas fazer a prova para praças “Resolvi focar em
apenas uma. Passei sete meses estudando e estou confiante. Com esse
problema da banca, muitas pessoas passaram a propagar rumores, uns
dizem até que é sabotagem. Mas a minha preocupação agora é me
sair bem na avaliação”, disse.
Histórico
de problemas
O
concurso é organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional,
Cultural e Assistencial Nacional (Idecan). Em 5 de fevereiro,
4.290 pessoas que concorriam ao cargo de condutor e operador de
viatura se sentiram lesadas. Entre as irregularidades apontadas pelos
inscritos, estavam o fato de muitos terem recebido provas com o nome
de outras pessoas.
Além disso, alegaram que o
gabarito foi extraviado, o cartão de resposta não estava em
envelope lacrado, houve desorganização nos locais de prova e até
celulares foram flagrados dentro das salas. O caso motivou um
protesto em frente ao Ministério Público do DF e Territórios
(MPDFT) cobrando a anulação das provas.
Anulação
Mais
grave foi a situação verificada no domingo seguinte, 12 de
fevereiro. Naquele dia, 7.017 concurseiros fizeram o teste para
oficial. Mas as provas objetivas e discursivas aplicadas no turno da
tarde, para o concurso de 2º tenente, foram anuladas na terça (14).
A banca responsável, o Idecan,
não disponibilizou a folha oficial para a redação. As pessoas que
realizaram a prova tiveram que identificar o rascunho com o número
da inscrição, o nome e o CPF.
Fonte: Metrópoles
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