Por Bombeiros DF / Bruno Pinheiro
Na manhã desta
terça-feira(3) dois caminhões que prestavam serviço na BR 020, se
envolveram num grave acidente no Km 3 da BF-003, sentido Granja do
Torto.
O acidente envolveu uma
betoneira que carregava cimento, um caminhão que transportava móveis
planejados e uma picape.
Militares do Corpo de
Bombeiros foram acionados e atuaram com auxílio do helicóptero da
corporação. Após a colisão, os dois caminhões capotaram na vala
que fica à direita da pista.
O motorista da betoneira,
placa JHN 8604-DF, Valme Gonçalves, 58 anos, morreu na hora. O
passageiro Ataniel Matias Jurema, 20, pouco depois. O condutor
do outro caminhão, VW 690, placa JEK 5491-GO, que carregava móveis,
foi levado ao Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF).
Elmiro da Rocha Silva, 50, estava consciente no momento do socorro.
O motorista da picape, o
administrador de empresas Hiyury Barros Nakahara, 37, não precisou
de atendimento. Devido ao acidente, o trânsito na descida do
Colorado, sentido Plano Piloto, ficou engarrafado, no sentido Plano
Piloto.
Mãe de Ataniel, que morreu
no acidente, a cozinheira Juvenilde Matias Jurema 46, era o
retrato da dor no local do acidente. Ela contou que, logo no começo
da manhã, desceu para a parada de ônibus junto com a filho. De lá,
ele seguiu para o seu destino. Foi a última vez que ela o viu com
vida.
“Deus
levou meu coração inteiro. Não queria perder ele por nada nesse
mundo”, disse, aos prantos, Juvenilde, que mora na Fercal. Segundo
ela, o filho estava a procura de emprego, mas enquanto não
conseguia, fazia bicos como ajudante de motorista de caminhão.
“Achava muito perigoso, justamente por causa dos acidentes. Estava
trabalhando para construir a casa dele. Agora fiquei sem meu filho”,
lamentou.
A família de Valme também
foi ao local do acidente. Filho da vítima, o técnico hospitalar
Hairton Souza Gonçalves, 32, disse que o pai também estava
desempregado, mas fazia diárias como motorista de caminhão. “No
que eu precisava dele, estava sempre estava pronto a ajudar. Acho que
só vou chorar depois. Estou tentando assimilar o que aconteceu”,
ressaltou.
Hiyury Barros Nakahara diz
que sente um misto de alívio e tristeza. “Nasci de novo, mas sinto
pela família das vítimas”, destacou. Ele conseguiu sobreviver à
tragédia. E contou que vinha na faixa do meio, no sentido Plano
Piloto, na velocidade da via, quando o motorista da betoneira tentou
desviar de um ônibus e bateu nos outros dois veículos, caindo na
vala.
O veículo carregado de
cimento é de propriedade da empresa de concretagem Original. Saiu
de Sobradinho com destino a Ceilândia. O advogado da
companhia esteve no local do acidente e disse que o caminhão estava
com a manutenção em dia.
Com informações do Metrópoles
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