Por Poliglota
Não
sei porque tanta surpresa com a pesquisa divulgada pelo DATAFOLHA que
coloca Eliana Pedrosa (PROS) como primeira colocada. Cheguei a
conclusão de que nada de anormal aconteceu nela. Muitos hão de
perguntar: Porquê?
Bom,
vamos lá. Pela pesquisa estimulada (aquela
onde o nome do candidato é mencionado),
Eliana Pedrosa aparece com 15% das intenções de votos liderando-a.
Nada mais natural para uma candidata com bastante “bala na agulha”
(recursos financeiros) e que montou uma estrutura profissional para a
disputa. Além disso, o corpo a corpo que a candidata tem feito desde
que foi anunciada candidata ao GDF em 30 de junho a credenciou a sair
na frente. Portanto, está praticamente há 45 dias fazendo sua
campanha.
Em
segundo lugar aparece o atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB)
com 14%. Ora, apesar de ter um índice de rejeição superior a 49%,
segundo o DATAFOLHA, mas que sabemos ultrapassar os 68%, é outro
candidato que tem sabido explorar o que de melhor a estrutura
administrativa lhe oferece. Apesar de ter montado uma mega estrutura
nas redes sociais capaz de dar inveja a qualquer um com um trabalho
profissional, as chances de permanecer ou cair nos índices são
absolutamente iguais. Quem quer disputar um governo de Estado tem que
investir e investimento custa grana. Rollemberg está gastando. Mesmo
sob vaias em locais de eventos, o governador faz cara de paisagem e
confia em seu staf.
Para
o 3º lugar temos o licenciado deputado federal Rogério Rosso (PSD)
com 13%. Tecnicamente os três primeiros estão empatados, mas nessa
briga quem leva realmente vantagem é Rosso que cresceu mais de 7% em
relação à pesquisa anterior realizada pelo Instituto Dataplan. Não
se pode desprezar um candidato que traz consigo a bagagem de já ter
sido chefe do executivo, mesmo que bionicamente. Rosso tem carisma em
muitos segmentos e é indiscutivelmente um grande articulador e
formador de opinião.
Já
no 4º lugar vem o deputado federal Alberto Fraga (DEM) com 8%, que
só anunciou sua pré-candidatura em 4 de agosto e a confirmou
somente no último dia de prazo, 15 de agosto. Fraga está a exatos 8
dias em campanha aberta. No entanto, sua campanha ainda não decolou
aos olhos do eleitorado. Apesar das inúmeras reuniões que o
candidato tem feito com parcelas da sociedade, é indiscutível a
necessidade do corpo a corpo com o eleitor. Os três “ESSES” que
tanto se fala (Suor, Saliva e Sola de Sapato) deverão ser
intensificados, e muito, para que o eleitor possa ser convencido,
afinal, como protagonista, ele quer olhar no olho do candidato e
ouvir a sua voz e seus projetos. Mesmo tendo sido classificado como
2º colocado na pesquisa do Instituto Dataplan, Fraga e Alexandre
Bispo (PR), seu vice, não podem bobear sob pena de ficarem para
trás. Candidatos e militância terão que correr contra o tempo se
almejam as cadeiras principais do Buriti. 45 dias passam como vento.
Nos bastidores, Fraga é conhecido como o “Usain
Bolt da política”:
Larga muito mal, mas depois ninguém o alcança. Vide os 511 mil
votos ao senado em 2010 e os 155 mil em 2014 que o fez o mais votado
do DF.
Por
fim, ao passarmos para a pesquisa espontânea (quando
o pesquisador não sugere os nomes dos candidatos, mas apenas
pergunta em quem o eleitor pretende votar),
o cenário já muda. O atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB)
aparece com 8% de intenções de votos, a empresária Eliana Pedrosa
(PROS) acumula 4% e o federal Alberto Fraga (DEM) chega a 3%. O maior
problema que os atuais postulantes enfrentarão, além da grande
possibilidade de abstenção, será o efeito rejeição. Esse,
talvez, seja um dos fatores, senão o maior desafio de todos eles. O
povo não quer saber de política e muito menos de políticos.
Fecho,
ao contrário do que muitos pensam, afirmando que as mídias e redes
sociais serão fatores preponderantes nessas eleições. E para que
isso se torne realidade os partidos e coligações terão que
investir e economia nesse momento deve ser o último quesito que os
caciques das grandes coligações deverão se preocupar, afinal,
foram 1,7 bilhões de fundo eleitoral distribuídos e bancados com
recursos do povo.
Confira
o ranking:
PESQUISA
ESTIMULADA:
Eliana
Pedrosa (Pros): 15%
Rodrigo
Rollemberg (PSB): 14%
Rogério
Rosso (PSD): 13%
Alberto
Fraga (DEM): 8%
General
Paulo Chagas (PRP): 5%
Fátima
Sousa (PSol): 3%
Miragaya
(PT): 3%
Alexandre
Guerra (Novo): 2%
Ibaneis
Rocha (MDB): 2%
Guillen
(PSTU): 1%
Renan
Rosa (PCO): 1%
Brancos/Nulos:
24%
Não
sabe: 8%
Pesquisa
espontânea para governador (quando o pesquisador não sugere os
nomes dos candidatos, mas apenas pergunta em quem o eleitor pretende
votar):
Rodrigo
Rollemberg (PSB): 8%
Eliana
Pedrosa (Pros): 4%
Alberto
Fraga (DEM): 3%
Rogério
Rosso (PSD): 3%
General
Paulo Chagas (PRP): 1%
Fátima
Sousa (PSol): 1%
Miragaya
(PT): 1%
Alexandre
Guerra (Novo): 1%
Ibaneis
Rocha (MDB): 1%
Brancos/Nulos:
16%
Não
sabe: 57%
A
pesquisa foi encomendada pela Folha de S. Paulo e TV Globo, sendo
realizada entre os dias 20 e 21 de agosto, quando foram ouvidos 919
eleitores de todas as regiões administrativas do DF. O levantamento
foi registrado na Justiça Eleitoral sob os protocolos DF 07735/2018
e BR 04023/2018.
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