Editorial Vida Destra
Ao analisarmos o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, podemos notar facilmente que a candidatura de Jair Bolsonaro foi a agregadora de eleitores de várias vertentes diferentes, desde os de extrema-direita, até os liberais, passando por intervencionistas militares e conservadores. É um público bem heterogêneo, apesar de estarem todos dentro do espectro político de Direita.
Naquela ocasião, as pequenas diferenças de pautas foram deixadas de lado e todos focaram no que tinham em comum, ou seja, o desejo de impedir a volta da esquerda ao poder. Jair Bolsonaro representou este desejo de impedir o retorno ao poder daqueles que dilapidaram o país e causaram um atraso que nos custará décadas para ser recuperado.
Sabemos que muitas pessoas votaram em Jair Bolsonaro, apesar de não o enxergarem como o seu candidato ideal. E sabemos que muitos destes eleitores, no decorrer do governo Bolsonaro, acabaram por se tornar defensores ferrenhos do presidente. Da mesma forma, há pessoas que apoiaram a candidatura de Bolsonaro, e que hoje já não o apoiam. Consideramos que se trata de um movimento natural, pois a Política é dinâmica e representa os anseios e aspirações de pessoas, e muda conforme as circunstâncias.
Apesar de considerarmos certos movimentos como sendo naturais, o que não consideramos natural é a briga de egos entre algumas das lideranças de Direita. Infelizmente, muitos já não são capazes de olhar para o que nos une, e passaram a focar nas diferenças, provocando rupturas que não são aconselháveis àqueles que querem disputar e vencer uma eleição presidencial em 2022, ainda mais diante dos ataques que o establishment já deixou claro que fará, para retomar o poder perdido.
É óbvio que todos têm o direito de defender as suas pautas. Não se trata de impedir as pessoas de defenderem as ideias nas quais acreditam. Se trata apenas de estratégia. Uma das formas de enfraquecer o inimigo é provocando divisões e contendas em suas fileiras. É necessário que as lideranças e as pessoas de destaque da Direita deem um passo adiante no amadurecimento político, pois sem isso nossa militância não adquirirá a maturidade necessária para que possamos vencer os desafios que enfrentaremos.
Não podemos nos iludir, acreditando que a grande popularidade do presidente é suficiente para garantir a vitória. Não podemos subestimar a força, as armas, as artimanhas e o desejo de retomar o poder, dos nossos oponentes.
A união entre aqueles que lutam contra um inimigo em comum é tão importante, que o próprio Senhor Jesus Cristo nos deixou esse ensinamento nas Sagradas Escrituras, registrado no Evangelho segundo Mateus, capítulo 12, versículo 25: “Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá‘”.
Se quisermos ser bem sucedidos em nossos intentos, precisamos refletir acerca deste ensinamento e corrigir as nossas atitudes. Não vamos nos iludir, não podemos vencer se não estivermos unidos em torno do mesmo propósito. Nosso entendimento não é maior do que o do nosso Senhor e não somos mais sábios que a Sua Palavra.
É hora de fazermos uma autorreflexão e corrigirmos erros, enquanto é tempo. Não haverá uma segunda chance!
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