Por Cristyan Costa
Djamila Ribeiro, ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos da gestão de Fernando Haddad (PT) na capital paulista, aparece como garota propaganda de uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): a defesa do sistema 100% eletrônico de votação. “Sem cobrar cachê, ela ajuda a Justiça Eleitoral a levar informações sobre a segurança e a transparência das eleições”, escreveu o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, no Twitter, na segunda-feira 16.
No vídeo, Djamila Ribeiro discorre acerca da segurança do processo eleitoral brasileiro. Segundo ela, as urnas eletrônicas são auditáveis e confiáveis. Conforme noticiou a Revista Oeste, Barroso articulou-se pela queda da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto auditável. A PEC previa a impressão do comprovante do voto. Dessa forma, o eleitor poderia ter a certeza de quem votou, além de assegurar futura auditoria das disputas.
Estreia hoje a nova campanha do @TSEjusbr sobre a segurança do processo eleitoral, protagonizada pela professora Djamila Ribeiro. Sem cobrar cachê, ela ajuda a Justiça Eleitoral a levar informações sobre a segurança e a transparência das eleições. https://t.co/Qww2AT5Dv7
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) August 16, 2021
Especialistas levantam dúvidas sobre o software das urnas
Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa. De acordo com ele, o equipamento pode ser objeto de fraude. “O software é desenvolvido no TSE seis meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios e gravado num flashcard”, explicou Brunazo, durante audiência pública em comissão especial da Câmara dos Deputados.
“A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica”, salientou o especialista, ao mencionar que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco”, lamentou Brunazo.
Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, defende a descentralização de poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a democracia brasileira não pode continuar a depender de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia.
Fonte: Revista Oeste
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