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Lula dá tiro no pé ao ignorar sinais cada vez mais barulhentos

Por Clarissa Oliveira/ Veja
No decorrer das últimas semanas, foram vários os recados emitidos na direção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicando que algo na engrenagem do novo governo não vai bem. Os sinais mais leves já se avolumavam havia algum tempo. Mas as primeiras derrotas do governo no Congresso consolidaram um quadro de crise instalada. 
Somente nas últimas 24 horas, foram vários acontecimentos que contribuíram para ilustrar essa realidade. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, entra na lista. O texto, como já era esperado, veio em direção diferente do que gostaria o governo. Estava repleto de indicações de que a autoridade monetária seguirá cautelosa em relação à política de juros. E mostrou mais uma vez que a desconfiança quanto à capacidade do governo de fazer sua parte é um fator crucial na postura do banco. 
Também ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aproveitou uma plateia qualificada de empresários e políticos brasileiros em Nova York para descer a lenha no governo. Falou em protagonismo do Congresso, em não permitir retrocessos. Disse que o Brasil de hoje não é de 2003, quando Lula chegou pela primeira vez ao Palácio do Planalto. 
Na entrevista ao Amarelas On Air que foi ao ar na noite de ontem, Gilberto Kassab verbalizou o que há tempos se ouve nas rodinhas que discutem política em Brasília. Se não puxar seu governo para o centro, Lula vai ter desgaste. O presidente do PSD, que já foi ministro de governo do PT, já não hesita em criticar abertamente o PT. E fala em projetos eleitorais futuros ao lado de Tarcísio de Freitas. 
É um sinal do que pode vir pela frente. Aos olhos desta colunista, Lula parece ter apagado da memória o fato de ter vencido a eleição em cima da promessa de um governo ao centro. Que montou uma chapa tendo Geraldo Alckmin como vice. Antes da eleição, o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse também ao Amarelas On Air que o plano era atrair forças de centro para o governo. Mas Lula segue fazendo acenos na direção oposta.
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