Colômbia e guerrilheiros assinam cessar-fogo de 6 meses
Acordo do governo com integrantes do ELN começa em 3 de agosto; conflito com o grupo dura há quase 6 décadas
A Colômbia assinou um acordo de trégua de 6 meses com o grupo guerrilheiro ELN (Exército de Libertação Nacional). O cessar-fogo bilateral e temporário foi assinado depois de uma 3ª rodada de negociações de paz conduzida de 2 de maio a 9 de junho em Havana, capital de Cuba.
O cessar-fogo passará a vigorar oficialmente em 3 de agosto. De acordo com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, as medidas serão implementadas progressivamente até o acordo final, em maio de 2025. O acordo também estabelece a criação do Comitê de Participação Nacional com participação de setores da sociedade colombiana.
O conflito entre o governo da Colômbia e o ELN já dura quase 6 décadas e causou a morte de milhares de pessoas. O governo colombiano e o ELN já haviam assinado uma trégua bilateral em 2017, mas o acordo vigorou por pouco mais de 100 dias.
O ex-presidente colombiano Juan Manuel dos Santos (2010-2018) também tentou negociar com o grupo, mas o diálogo foi interrompido depois que o ELN assumiu a autoria por um atentado com carro-bomba que deixou 22 mortos, em 2019.
“A prioridade será conseguir a proteção da população civil nas áreas de conflito, começando pelas crianças. Os direitos humanos e o direito internacional humanitário orientam o acordo”, disse Petro em seu perfil no Twitter.
O acordo determina a criação de um canal de comunicação entre as partes por meio do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Colômbia.
Os protocolos de implementação e o mecanismo de monitoramento do acordo serão acordados nos próximos dias.
“PASSO FUNDAMENTAL PARA PAZ”, DIZ LULA
A 4ª rodada de negociações já está marcada. Deve ser realizada em Caracas, na Venezuela, de 14 de agosto a 4 de setembro. “PASSO FUNDAMENTAL PARA PAZ”, DIZ LULA O presidente brasileiro deu parabéns pelo acordo colombiano em publicação em seu perfil nas redes sociais. “Um passo fundamental na construção da paz para os povos latino-americanos e uma reafirmação da vocação de paz da América do Sul”, escreveu.
Fonte: Poder 360
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