Fica claro que a MP não estimula a produção, apenas ajuda a desovar estoques das montadoras
Poucos dias depois da assinatura da medida provisória do “carro popular”, a General Motors anunciou a intenção de suspender os contratos de 1.200 funcionários em sua unidade de São José dos Campos, mostrando que a intenção do governo era apenas ajudar as montadoras a desovar seus estoques e não a estimular a produção industrial, como fez parecer.
A decisão da GM foi informada ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, nesta quarta-feira (14). Alegando queda nas vendas, a fabricante pretende suspender a produção por até dez meses a partir de 3 de julho próximo.
“A GM informa que está negociando com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. Neste sentido, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 3 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses”, disse a GM em nota, confirmando a medida.
O layoff prevê que os trabalhadores fiquem em casa, façam cursos de requalificação e recebam parte dos salários com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), mediante aprovação de assembleia no sindicato.
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