A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) anunciou que vai conceder bolsas de estudos para a formação de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A parceria entre a instituição de ensino e o grupo invasor de terra foi definida na semana passada.
Segundo aPUC, a parceria prevê “descontos em mensalidades para integrantes do MST. O benefício poderá ser concedido em cursos de graduação, pós-graduação (latoestricto senso) e educação continuada.
O portal do MST informa que o acordo havia sido firmado na sexta-feira 15, nocampusprincipal da PUC-SP, que fica na Rua Monte Alegre, no bairro paulistano de Perdizes.
Conforme o MST, a PUC-SP não é a única envolvida na parceria de bolsas de estudos para militantes do grupo. De acordo com a direção do movimento, o convênio conta com a colaboração da Associação Juízes e Juízas pela Democracia e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.
O Sindicatos das Advogada e Advogados de São Paulo, o Grupo Prerrogativas, o movimento Transforma MP e a Associação de Defensoras e Defensores Públicos pela Democracia também deram apoio à parceria entre PUC-SP e MST.
Declarações sobre as bolsas de estudos concedidas pela PUC-SP a militantes do MST
Por meio das redes sociais, o coordenador nacional do MST,João Pedro Stédile, afirmou que o acordo vai fazer o movimento “ocupar” a universidade particular. “Esse acordo é a concretização do sonho de ocuparmos a PUC-SP com estudantes originários de movimentos populares da classe trabalhadora brasileira.”
Pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP, Mônica Melo. “Hoje celebramos uma parceria que envolve um dos movimentos sociais mais importantes do país, o MST.” Ela, contudo, não falou sobre o fato de militantes do MST invadirem terras Brasil afora.
Estive participando de ato de assinatura de parceria entre a PUC SP e a nossa ENFF. Esse convenio destinara bolsas de estudo aos filhos de camponeses em todos cursos da PUC, e realização de cursos especiais como Realidade Brasileira e um curso de direito pelo PRONERA.
— João Pedro Stedile (@stedile_mst) September 18, 2023
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