Ministro da Fazenda diz que "peso mexicano está sofrendo mais que o real brasileiro" frente ao dólar, mas admite que "é preciso explicar melhor o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras" após mudança da meta fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evocou nesta terça-feira, 16, a memória do governo anterior, cuja equipe econômica era chefiada por Paulo Guedes, para minimizar a disparada do dólar a quase 5,30 reais.
Em visita a Washington, nos Estados Unidos, onde participa de reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, o chefe da equipe econômica de Lula disse que o dólar bateu seis reais no governo anterior.
“Está tendo turbulência essa semana, e não é a primeira que o Brasil passa. No governo anterior, o dólar bateu seis reais”, afirmou o ministro.
Parar Haddad, as notícias externas explicam “dois terços” do que está ocorrendo no câmbio no Brasil, atribuindo a alta a dados da inflação americana “que ainda não foi totalmente digerida” e ao conflito entre Israel e Irã, que impacta a cotação do petróleo.
Haddad também apela ao México
Em uma tentativa de suavizar a disparada do dólar no Brasil, Fernando Haddad disse que o México está sofrendo mais do que o Brasil.
Hoje, de acordo com último dado que eu recebi, nos últimos minutos, o México está sofrendo mais do que o Brasil, o peso mexicano está sofrendo mais que o real brasileiro em virtude do fato que está reprecificando tudo, a Indonésia também”, afirmou.
Nova meta fiscal
A alta do dólar coincide com a apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2025 pela equipe econômica. A proposta encaminhada ao Congresso Nacional abandonou a ideia de superávit de 0,5% do PIB para o ano que vem e projeta déficit zero para o período, quando receitas e despesas (excetuando-se as relacionadas a juros) se equilibram.
Segundo Haddad, “é preciso explicar melhor, ao longo do tempo, o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras”.
O dólar de Paulo Guedes
Haddad não foi o único chefe de equipe econômica a tentar minimizar a escalada do dólar.
Durante sua gestão, Paulo Guedes, que em março de 2020 afirmou que o dólar só iria a cinco reais se o governo fizesse “muita besteira”, chegou a dizer que a moeda americana acima de cinco reais favorecia o turismo nacional.
“Com o dólar a 5 reais como está hoje, o que está acontecendo? Famílias humildes do Brasil inteiro estão se beneficiando porque essa família rica, entre aspas, em vez de estar indo para a Disneylândia levando funcionários e uma porção de gente, estão viajando pelo Brasil”, disse o ex-ministro da Economia.
“O turismo pelo Brasil está subindo fortemente. Todo mundo que tem pousada, gente simples do interior da Bahia, na costa de Pernambuco, todo mundo está se beneficiando do turismo local”, emendou Guedes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evocou nesta terça-feira, 16, a memória do governo anterior, cuja equipe econômica era chefiada por Paulo Guedes, para minimizar a disparada do dólar a quase 5,30 reais.
Em visita a Washington, nos Estados Unidos, onde participa de reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, o chefe da equipe econômica de Lula disse que o dólar bateu seis reais no governo anterior.
“Está tendo turbulência essa semana, e não é a primeira que o Brasil passa. No governo anterior, o dólar bateu seis reais”, afirmou o ministro.
Parar Haddad, as notícias externas explicam “dois terços” do que está ocorrendo no câmbio no Brasil, atribuindo a alta a dados da inflação americana “que ainda não foi totalmente digerida” e ao conflito entre Israel e Irã, que impacta a cotação do petróleo.
Haddad também apela ao México
Em uma tentativa de suavizar a disparada do dólar no Brasil, Fernando Haddad disse que o México está sofrendo mais do que o Brasil.
Hoje, de acordo com último dado que eu recebi, nos últimos minutos, o México está sofrendo mais do que o Brasil, o peso mexicano está sofrendo mais que o real brasileiro em virtude do fato que está reprecificando tudo, a Indonésia também”, afirmou.
Nova meta fiscal
A alta do dólar coincide com a apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2025 pela equipe econômica. A proposta encaminhada ao Congresso Nacional abandonou a ideia de superávit de 0,5% do PIB para o ano que vem e projeta déficit zero para o período, quando receitas e despesas (excetuando-se as relacionadas a juros) se equilibram.
Segundo Haddad, “é preciso explicar melhor, ao longo do tempo, o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras”.
O dólar de Paulo Guedes
Haddad não foi o único chefe de equipe econômica a tentar minimizar a escalada do dólar.
Durante sua gestão, Paulo Guedes, que em março de 2020 afirmou que o dólar só iria a cinco reais se o governo fizesse “muita besteira”, chegou a dizer que a moeda americana acima de cinco reais favorecia o turismo nacional.
“Com o dólar a 5 reais como está hoje, o que está acontecendo? Famílias humildes do Brasil inteiro estão se beneficiando porque essa família rica, entre aspas, em vez de estar indo para a Disneylândia levando funcionários e uma porção de gente, estão viajando pelo Brasil”, disse o ex-ministro da Economia.
“O turismo pelo Brasil está subindo fortemente. Todo mundo que tem pousada, gente simples do interior da Bahia, na costa de Pernambuco, todo mundo está se beneficiando do turismo local”, emendou Guedes.
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