Ditador venezuelano insiste em realizar pleito nacional sem presença de opositores.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu o sistema eleitoral de seu país, afirmando que é o mecanismo em vigor é “mais confiável” de todos. De modo audacioso, ele condenou as preocupações internacionais sobre a rejeição da candidatura da opositora María Corina Machado para as eleições de julho, classificando-as como um ‘circo’ da direita.
Durante o programa ‘Con Maduro+’, transmitido pela TV estatal venezuelana, Maduro acusou os Estados Unidos de liderarem uma campanha contra o sistema eleitoral venezuelano, dizendo cinicamente: “A Venezuela tem o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo”, rebateu o esquerdista.
As inquietações de lideranças globais com o processo eleitoral da Venezuela forçaram o Ministério das Relações Exteriores do Brasil a expressar inquietação. Em uma nota divulgada em 26 de março, o Itamaraty apontou que o impedimento da candidatura de Corina viola o Acordo de Barbados, no qual a Venezuela se comprometeu a realizar eleições livres em troca do fim das sanções ao petróleo local.
A declaração do governo brasileiro, no entanto, irritou Caracas, que a considerou “cinzenta e intrometida”, sugerindo que tenha sido influenciada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também sob pressão, se manifestou sobre o assunto, classificando como “grave” o impedimento à candidatura de Corina, enquanto ignorou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu principal adversário político no Brasil, cassado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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