Grossi afirma que, apesar dos 6 reatores do local estarem desligados, “os perigos potenciais de um acidente nuclear grave continuam sendo muito reais”.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o diplomata Rafael Grossi, afirmou nesta segunda-feira (15) que a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, está “perigosamente perto de um acidente”. Controlada pelo regime russo desde março de 2022, a central nuclear é a maior da Europa e uma das dez maiores do mundo. A região foi alvo de bombardeios novamente nesta sexta-feira (12), resultando em pelo menos 10 mortes no local. Tanto Kiev quanto Moscou negam a responsabilidade pelos ataques.
Em reunião com o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Grossi disse ser inaceitável “que a complacência permita que um lançamento de dados decida o que acontece a seguir. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance hoje para minimizar o risco de um acidente”. O diretor-chefe argumentou que, após alguns ataques recentes, a usina foi inspecionada, constatando-se apenas “danos superficiais à estrutura”.
Esses ataques imprudentes devem cessar imediatamente. Embora, felizmente, desta vez não tenham provocado um incidente radiológico, aumentam significativamente o risco na central nuclear de Zaporizhzhia, onde a segurança nuclear já está comprometida. Dois anos de guerra pesam fortemente sobre a segurança na Central Nuclear de Zaporizhzhia”.
Grossi afirma que, apesar dos 6 reatores do local estarem desligados, “os perigos potenciais de um acidente nuclear grave continuam sendo muito reais”. Pelo menos dez pessoas, entre elas crianças, foram mortas nesta sexta-feira (12) por um bombardeio na cidade de Tokmak, cerca de 115 quilômetros da central nuclear. O Kremlin atribuiu os ataques à Ucrânia, enquanto Kiev responsabilizou Moscou.
Brasil Sem Medo
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