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Ibovespa opera em alta após decisão unânime do Copom no Banco Central

Índice sobe 1% nesta manhã, num claro sinal de que o mercado aprovou a decisão do Comitê de Política Monetária. O dólar recua para R$ 5,41
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, dá um claro sinal de que o mercado aprovou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano. Por volta das 11h10 desta quarta-feira, 20, a bolsa brasileira subia 1%, alcançando os 121.4 mil pontos. O dólar comercial recuava 0,6%, vendido a 5,41 reais. 
Entre os papéis mais negociados, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiam 1,3%, cotadas a 36,46 reais. Já as ordinárias da Vale (VALE3) avançavam 0,3%, para 61,01 reais. Das ações que compõem o Ibovespa, a Azul (AZUL4) era a que mais se valorizava, com alta de 3,97%, negociada por 8,38 reais.
Poucos componentes do Ibovespa apresentam queda. A líder é a própria B3 (B3SA3), dona da Bolsa brasileira, cujas ações recuavam 0,57%, para 10,40 reais. 
Mais do que a taxa, em si, o que agradou os investidores foi a união demonstrada pela diretoria do Banco Central, já que a decisão anunciada ontem foi unânime. Com isso, o Copom afastou as desconfianças do mercado de que o forte racha visto na reunião de maio, quando o corte de 0,25 ponto percentual na Selic foi aprovado por um apertado placar de 5 a 4.
Para Álvaro Frasson, gestor de portfólios do BTG Pactual, a decisão de ontem comprova que “as declarações dos diretores que o dissenso do último encontro foi exclusivamente em torno do custo de descontinuidade do forward guidande [as indicações dos próximos passos da autoridade monetária], mas que havia convergência na análise de conjuntura.” 
“Esta unanimidade pode contribuir para um alívio momentâneo no mercado”, afirma Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. “Outro ponto relevante foi a preocupação com a questão fiscal, e a correlação mencionada entre um possível descontrole fiscal e a desancoragem nas expectativas de inflação”, acrescenta. 
Em seu relatório de abertura do mercado desta quinta-feira, a Ágora Investimentos destaca que a união demonstrada pelo colegiado do BC pode reduzir os ruídos recentes causados pela pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os juros caíssem mais rapidamente. Com isso, “os prêmios em excesso adicionados à curva de juros podem ser parcialmente retirados, abrindo espaço para uma recuperação pontual dos ativos de risco por aqui”.

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