A diretora do serviço secreto, Kimberly Cheatle, enfrentou escrutínio após a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia.
A diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, renunciou na terça-feira em conexão com a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump na Pensilvânia, de acordo com uma cópia de uma carta enviada ao pessoal da agência obtida pelo The Washington Post.
“Como sua Diretora, assumo total responsabilidade pela falha de segurança”, escreveu Cheatle. “À luz dos recentes acontecimentos, é com o coração pesado que tomei a difícil decisão de renunciar ao cargo de Diretora.”
O ataque foi o primeiro contra um líder dos EUA sob a vigilância da agência de proteção de elite em mais de 40 anos. Cheatle, uma agente veterana do Serviço Secreto, chamou a falha de segurança envolvendo um atirador disparando de um telhado aparentemente não protegido durante um comício da campanha presidencial de Trump em 13 de julho de inaceitável e reconheceu que “a responsabilidade é minha.”
Inicialmente, ela disse que não renunciaria e cooperaria com as investigações sobre o tiroteio. O Secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse na semana passada que tinha “100% de confiança” nas habilidades dela como diretora do Serviço Secreto, e uma porta-voz do presidente Biden disse que ele também a apoiava.
Em uma audiência de supervisão na Câmara na segunda-feira, Cheatle sinalizou que esperava continuar no cargo e acreditava ser a melhor pessoa para a posição. Mas vários legisladores de ambos os partidos discordaram, dizendo que ela não conseguiu responder a perguntas detalhadas sobre o que deu errado no comício de Trump e que haviam perdido a confiança nela.
Vários legisladores republicanos pediram que Cheatle se afastasse, dizendo que haviam perdido a confiança na capacidade dela de liderar a agência que protege líderes dos EUA e estrangeiros.
“A Diretora do Serviço Secreto, Kim Cheatle, deve renunciar imediatamente”, escreveu o senador Ted Cruz (R-Tex.) na segunda-feira no X.
O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell (R-Ky.), pediu uma nova liderança na agência na quarta-feira, enquanto Cheatle supervisionava os serviços de proteção na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee.
“A tentativa de assassinato da semana passada contra o ex-presidente Trump foi um grave ataque à democracia americana”, ele escreveu no X. “A nação merece respostas e responsabilidade. Uma nova liderança no Serviço Secreto seria um passo importante nessa direção.”
Na noite de quarta-feira, um grupo de republicanos furiosos com a tentativa de assassinato seguiu Cheatle pelo Fiserv Forum na convenção, exigindo que ela explicasse as falhas de segurança.
“Isso foi uma tentativa de assassinato!” gritou a senadora Marsha Blackburn, do Tennessee, de acordo com um vídeo do confronto obtido pelo The Washington Post. “Você deve respostas ao povo! Você deve respostas ao presidente Trump!”
Ela e outros expressaram frustração pelo fato de Cheatle não ter respondido a suas perguntas sobre as falhas.
"Essa é uma das maiores falhas de segurança na história da agência", disse Blackburn em um comunicado. “Ela pode correr, mas não pode se esconder. Ela é uma líder fracassada e precisa renunciar imediatamente ao seu cargo.”
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