Na semana passada, o ditador da Venezuela afirmou que o país pode ter um “banho de sangue” caso ele perca a farsa eleitoral de 28 de julho
O senador Hamilton Mourão (foto) afirmou no sábado, 20 de julho, que Lula “com certeza” irá aplaudir o “banho de sangue” prometido pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando. Com certeza irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo tirano Maduro.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) July 20, 2024
“Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando”, escreveu Mourão no X.
Na semana passada, Maduro afirmou que a Venezuela pode ter um “banho de sangue” caso ele perca a farsa eleitoral em 28 de julho.
“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse o ditador em comício na quarta-feira, 17.
O governo Lula, cuja política externa é submetida ao hoje assessor especial Celso Amorim, ignora o autoritarismo de Maduro.
Questionado sobre a declaração do “banho de sangue” em entrevista à GloboNews, na sexta, Amorim disse que não acredita que vá haver banho de sangue. Segundo ele, “não é desejável esse tipo de declaração, mas eu não acredito que ela se materialize. E também, ele não colocou como um banho de sangue imediato….”, afirmou o ex-chanceler.
“Não vou justificar, não, que eu acho que realmente é errado. Não se fala em sangue na época da eleição. Na eleição, você fala em voto, e não fala em sangue.”
Outros países mostram ao Brasil como lidar com Maduro
A Argentina e outros quatro países latinoamericanos publicaram uma declaração conjunta em crítica ao avanço da perseguição do regime de Nicolás Maduro à oposição a pouco mais de uma semana das “eleições” presidenciais na Venezuela.
O texto é co-assinado pelos governos de Uruguai, Paraguai, Costa Rica e Guatemala.
“Os Governos da Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai, em relação ao processo eleitoral na República Bolivariana da Venezuela e às eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 28 de julho, têm acompanhado com preocupação o assédio e a perseguição contra líderes e apoiadores da oposição venezuelana, bem como contra membros da sociedade civil, incluindo a detenção arbitrária de numerosas figuras relacionadas com a oposição, o que ameaça a realização de um processo eleitoral legítimo“, diz a declaração.
Os cinco países democráticos a divulgaram um dia após a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado — que foi barrada de se candidatar e teve diversos integrantes de campanha detidos e sequestrados — anunciar que ela e sua equipe sofreram um atentado em Barquisimeto, estado de Lara, após dois dos veículos em que viajavam terem sido vandalizados.
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