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Revista The Economist aponta que Lula colocou Brasil em “declínio” com “gastos públicos desenfreados”


A renomada revista britânica The Economist publicou um artigo classificando como “decepcionante” o terceiro mandato de Lula, que “segue a caminho de declínio controlado”.
“O terceiro mandato de Lula como presidente decepcionou“, diz a revista. Os artigos da Economist são assinados em nome do veículo, e não pelos jornalistas.
Intitulado “Para deter o declínio do Brasil, Lula precisa cortar gastos públicos desenfreados“, o texto aponta a irresponsabilidade fiscal como o principal problema, destacando que o governo tem gastado mais do que arrecada, especialmente após o Brasil sofrer sua pior recessão desde 1930 na última década.
“O Brasil que ele [Lula] herdou havia perdido o rumo. O crescimento econômico anual nos dez anos até 2022 foi, em média, de apenas 0,5%, embora tenha aumentado um pouco desde a pandemia. O problema é que Lula gasta como se o país fosse muito mais rico do que é. Até agora, este ano, as despesas aumentaram uns colossais 13% acima da inflação em comparação com o mesmo período do ano passado, e o déficit fiscal global é de 9% do PIB. Os gastos do governo, em todos os níveis, estão chegando a quase 50% do PIB e a dívida pública a 85%”, afirma a Economist.
“Esta combinação é familiar no Brasil, onde o crédito consistentemente caro trava o crescimento”, acrescenta.
A Economist reconhece a irresponsabilidade fiscal do Congresso, cada vez mais determinante sobre o orçamento da União, graças às emendas parlamentares, o antigo orçamento secreto no mandato de Jair Bolsonaro: “Não é tudo culpa de Lula. O voraz Congresso do Brasil conquistou mais poder orçamental sob Bolsonaro, que também ofereceu brindes pré-eleitorais que têm sido difíceis de descartar”.
Entretanto, o governo Lula poderia compensar esse cenário com maior rigor no controle dos gastos públicos, por meio do arcabouço fiscal, criado em seu governo após o fracasso do teto de gastos de Michel Temer: “Lula poderia impedir parte disso, aderindo estritamente ao quadro fiscal que o seu governo elaborou para substituir um teto rígido de gastos que ruiu sob Bolsonaro. Em vez disso, atacou o banco central, confundindo o sintoma das altas taxas de juro com a sua causa subjacente: a incontinência fiscal”.
O artigo desta quinta ressalta a perda de valor do real no último ano, a maior em relação ao dólar entre “qualquer moeda importante”.
“Os investidores notaram. A moeda do Brasil, o real, perdeu 17% do seu valor em relação ao dólar nos 12 meses até meados de junho, o pior desempenho de qualquer moeda importante“, diz a Economist. Para a revista, “há pouco risco imediato de uma crise monetária”. O perigo está no desinteresse de Lula em formar novas lideranças ou, ao menos, reformular sua própria política.
A renomada revista britânica The Economist publicou um artigo classificando como “decepcionante” o terceiro mandato de Lula, que “segue a caminho de declínio controlado”.
“O terceiro mandato de Lula como presidente decepcionou“, diz a revista. Os artigos da Economist são assinados em nome do veículo, e não pelos jornalistas.
Intitulado “Para deter o declínio do Brasil, Lula precisa cortar gastos públicos desenfreados“, o texto aponta a irresponsabilidade fiscal como o principal problema, destacando que o governo tem gastado mais do que arrecada, especialmente após o Brasil sofrer sua pior recessão desde 1930 na última década.
“O Brasil que ele [Lula] herdou havia perdido o rumo. O crescimento econômico anual nos dez anos até 2022 foi, em média, de apenas 0,5%, embora tenha aumentado um pouco desde a pandemia. O problema é que Lula gasta como se o país fosse muito mais rico do que é. Até agora, este ano, as despesas aumentaram uns colossais 13% acima da inflação em comparação com o mesmo período do ano passado, e o déficit fiscal global é de 9% do PIB. Os gastos do governo, em todos os níveis, estão chegando a quase 50% do PIB e a dívida pública a 85%”, afirma a Economist.
“Esta combinação é familiar no Brasil, onde o crédito consistentemente caro trava o crescimento”, acrescenta.
A Economist reconhece a irresponsabilidade fiscal do Congresso, cada vez mais determinante sobre o orçamento da União, graças às emendas parlamentares, o antigo orçamento secreto no mandato de Jair Bolsonaro: “Não é tudo culpa de Lula. O voraz Congresso do Brasil conquistou mais poder orçamental sob Bolsonaro, que também ofereceu brindes pré-eleitorais que têm sido difíceis de descartar”.
Entretanto, o governo Lula poderia compensar esse cenário com maior rigor no controle dos gastos públicos, por meio do arcabouço fiscal, criado em seu governo após o fracasso do teto de gastos de Michel Temer: “Lula poderia impedir parte disso, aderindo estritamente ao quadro fiscal que o seu governo elaborou para substituir um teto rígido de gastos que ruiu sob Bolsonaro. Em vez disso, atacou o banco central, confundindo o sintoma das altas taxas de juro com a sua causa subjacente: a incontinência fiscal”.
O artigo desta quinta ressalta a perda de valor do real no último ano, a maior em relação ao dólar entre “qualquer moeda importante”.
“Os investidores notaram. A moeda do Brasil, o real, perdeu 17% do seu valor em relação ao dólar nos 12 meses até meados de junho, o pior desempenho de qualquer moeda importante“, diz a Economist. Para a revista, “há pouco risco imediato de uma crise monetária”. O perigo está no desinteresse de Lula em formar novas lideranças ou, ao menos, reformular sua própria política.
“Lula completará 80 anos nas próximas eleições. Ele deveria olhar para o futuro, promover sucessores mais jovens e lutar pela reforma estatal de que o Brasil necessita, para criar espaço fiscal para políticas genuinamente progressistas. Em vez disso, ele parece determinado a repetir a fórmula anterior de tributar e gastar até chegar a mais um mandato. Há pouco risco imediato de uma crise monetária. Pelo contrário, o problema é que Lula está a seguir um caminho de declínio controlado“, afirma.

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