Partido de Gilberto Kassab (PSD) enfrenta críticas por não avançar com pedidos de impeachment contra Moraes. Boicote pode prejudicar Nunes e beneficiar Marçal em São Paulo.
Um movimento crescente entre o público de direita, movimentos, grupos nas redes sociais, políticos e militantes de direita tem convocado um boicote ao PSD, partido de Gilberto Kassab, nas eleições de 6 de outubro. O principal motivo dessa mobilização é a inação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), em relação a mais de 20 pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A campanha de descontentamento inclui declarações de Jair Bolsonaro (PL), que na época criticou a decisão de congressistas que se reuniram com Kassab e votaram a favor do relatório de uma CPI que implicava políticos de direita.
Duas consequências importantes emergem desse movimento contra o PSD e Pacheco. A primeira diz respeito ao atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que é apoiado pelo PSD e está em uma disputa acirrada, com apenas alguns pontos à frente de Pablo Marçal (PRTB), outro candidato de direita, que é preferido por muitos grupos de direita em São Paulo.
Se a rejeição ao partido de Kassab (PSD) se refletir na imagem de Ricardo Nunes, o prefeito pode perder impulso na reta final da campanha e ficar fora de um possível segundo turno, garantindo a preferência do eleitorado conservador a Pablo Marçal.
A segunda consequência significativa é que o PSD possui alianças com o PL em 241 disputas para prefeituras nas eleições de 2024. Em 91 dessas candidaturas, o PL é o partido cabeça de chapa, enquanto o PSD ocupa a vice. Em outros 150 casos, o PSD é o candidato a prefeito, com o PL como vice.
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