Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, indicou que, daqui para frente, o alvo preferencial de Israel será o grupo terrorista islâmico Hezbollah, que atua no Líbano.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou nesta quarta-feira (18/09) que o país está entrando em uma "nova era" no conflito, com o foco da guerra se deslocando para o norte, próximo à fronteira com o Líbano. A afirmação veio após explosões de dispositivos de comunicação pertencentes ao grupo terrorista Hezbollah no Líbano.
Gallant ressaltou que o "centro de gravidade" das operações militares está se movendo em direção ao norte [Líbano]. "As Forças de Defesa de Israel [FDI] alcançam excelentes resultados, em conjunto com o Shin Bet e o Mossad, e os resultados são impressionantes", disse o ministro durante uma visita à base aérea de Ramat-David, no norte do país.
Essas declarações podem ser vistas como uma possível admissão de que Israel esteve envolvido nas explosões de pagers de terroristas do Hezbollah, ocorridas na terça-feira (17/09). A mídia internacional sugere que as explosões foram parte de uma operação coordenada pelas forças israelenses.
Pressão aumenta no norte de Israel
As palavras de Gallant surgem em um momento de grande movimentação militar. Segundo informações divulgadas pela emissora norte-americana CNN, o Exército de Israel está transferindo tropas da 98ª Divisão de elite, que operava na Faixa de Gaza, para o norte do país, fortalecendo a defesa na região da fronteira com o Líbano.
"Estamos no começo de uma nova fase desta guerra, e é essencial que nos adaptemos rapidamente", afirmou Gallant. Ele destacou que o desafio atual exige preparação cuidadosa, já que o conflito no norte de Israel envolve adversários diferentes do Hamas, sem especificar diretamente o grupo terrorista islâmico Hezbollah.
O governo israelense também indicou que uma das metas de sua operação militar é garantir o retorno seguro de dezenas de milhares de israelenses às suas casas no norte do país. "O centro de gravidade agora se move para o norte, o que significa que estamos direcionando nossas forças e recursos para essa região", concluiu Gallant.
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