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Estudos revelam novo potencial do Ozempic

 
No campo dos tratamentos médicos, o medicamento Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, tem sido amplamente utilizado para o tratamento da diabetes tipo 2. No entanto, pesquisas recentes revelaram novos potenciais benefícios associados a esse fármaco. Estudos recentes indicam que o Ozempic e seus similares podem reduzir significativamente o risco de intoxicação por álcool entre indivíduos com transtorno por uso de álcool (TUA).
A pesquisa foi conduzida por uma equipe da Universidade Loyola Chicago, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Addiction. Além disso, evidências sugerem que medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, como o Ozempic, podem diminuir notavelmente a taxa de overdose de opioides em pessoas com transtorno de uso de opioides. Estes achados são um importante avanço no entendimento das potenciais aplicações além do controle glicêmico.
Como o Ozempic impacta transtornos por uso de substâncias?
Os efeitos do Ozempic e de medicamentos semelhantes vão além do controle da glicemia em pacientes diabéticos. De acordo com os pesquisadores, esses medicamentos podem influenciar a via de recompensa do cérebro, conhecida como via mesolímbica, que é frequentemente alterada em indivíduos com vícios. Essa alteração é capaz de contrariar comportamentos impulsivos associados ao uso de substâncias.
O estudo realizado englobou uma análise de dados de mais de 1,3 milhão de pessoas, divididas entre transtornos por uso de opioides e álcool. Os resultados indicaram um impacto positivo, com potencial para revolucionar a prática clínica e política de saúde pública. A descoberta está alinhada com estudos anteriores em animais, que já demonstravam a eficácia dos medicamentos GLP-1 AR no tratamento de comportamentos agudos relacionados ao uso de substâncias.
Ozempic na prevenção de câncer
 investigação dos efeitos do Ozempic não se restringiu ao controle de vícios. Outro estudo, publicado na JAMA, indicou que medicamentos injetáveis usados para diabetes e obesidade, incluindo os análogos de GLP-1, podem reduzir o risco de até 10 tipos diferentes de câncer. A análise envolveu mais de 1,6 milhão de pacientes com diabetes tipo 2, tratados com insulina ou análogos de GLP-1, entre 2005 e 2018.
Os resultados demonstraram que os pacientes que receberam análogos do GLP-1 apresentaram um risco significativamente menor para diversos tipos de câncer, como o renal, pancreático e esofágico. Esses achados destacam uma possível ligação entre o tratamento da diabetes com análogos de GLP-1 e a prevenção de certos tipos de câncer, embora nem todos os tipos de câncer apresentem redução de risco significativa com o uso desses medicamentos.
Implicações futuras
As descobertas relacionadas ao Ozempic e seus efeitos na saúde sugerem inúmeras implicações que podem influenciar tratamentos futuros. O potencial para usar medicamentos análogos de GLP-1 como medida preventiva em condições oncológicas e em transtornos por uso de substâncias aponta para um novo horizonte em tratamentos multidisciplinares.
A adição de informações sobre a prevenção de câncer e redução do risco de overdose e intoxicação pode informar práticas clínicas e estratégias de saúde pública. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender plenamente os mecanismos por trás dessas descobertas e para determinar a eficácia e segurança a longo prazo dessa aplicação terapêutica.

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