Na terça-feira (15), um juiz federal decidiu bloquear a implementação de uma norma controversa na Georgia, que exigia a contagem manual dos votos para as eleições gerais programadas para o dia 5 de novembro. A medida, aprovada no mês passado pela Junta Eleitoral da Georgia, composta majoritariamente por membros conservadores, foi considerada “demasiado tarde” para ser aplicada nas próximas eleições presidenciais, segundo o juiz do tribunal de circuito, Robert McBurney.
Apesar da decisão, McBurney não descartou completamente a norma, que obriga os funcionários eleitorais a realizar a contagem manual das cédulas para verificar se os resultados coincidem com a tabulação eletrônica. Ele decidiu bloquear a norma temporariamente, enquanto avalia sua legalidade e implicações.
A norma gerou forte oposição do Partido Democrata da Georgia e de diversas organizações e autoridades públicas, que expressaram preocupações sobre sua viabilidade e o potencial para abrir portas a fraudes eleitorais.
Essa decisão do juiz foi divulgada logo após sua determinação de que a certificação dos resultados eleitorais na Georgia é obrigatória, e que os funcionários locais têm a responsabilidade de cumprir essa exigência ao final do processo de votação, conforme estipulado pela legislação.
McBurney refutou um pedido de Julie Adams, membro republicana da junta eleitoral do condado de Fulton, que solicitou ao juiz que lhe fosse concedida discricionariedade no processo de certificação dos votos. Adams, que é apoiada pelo America First Policy Institute, um grupo próximo ao ex-presidente Donald Trump, já havia se negado a certificar os resultados das primárias locais e entrou com uma ação judicial, alegando que tinha o direito de não certificar uma eleição.
No despacho, McBurney deixou claro que “nenhum supervisor eleitoral (ou membro de uma junta eleitoral) pode se recusar a certificar ou se abster de certificar os resultados eleitorais sob qualquer circunstância”.
O dia de hoje começou com uma marca recorde de votos antecipados na Georgia, um dos sete estados que terão papel crucial na definição do futuro presidente dos Estados Unidos, que pode ser Donald Trump ou a atual vice-presidente Kamala Harris. De acordo com dados oficiais, mais de 250.000 pessoas já haviam comparecido aos centros de votação até a metade da tarde, superando o recorde anterior de 136.000 votos registrados nas eleições de 2020.
Com informações da EFE.
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