Os mísseis iranianos não carregam ogivas nucleares, mas o indefectível ódio das esquerdas às democracias capitalistas do planeta
As quase duas centenas de mísseis balísticos disparados pelo Irã contra Israel, na terça-feira (1), inauguraram uma inédita e imprevisível fase na guerra entre judeus, que lutam pela própria existência, e fundamentalistas islâmicos e terroristas financiados pelo regime dos aiatolás, que tentam varrer o país hebreu da face da Terra.
Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, o fundamentalismo islâmico, representado por certos países da região, que se revezaram em ataques e guerras sucessivas contra os judeus, busca a destruição da única – e incômoda, portanto – democracia do Oriente Médio. Israel é “um péssimo exemplo” às suas populações oprimidas.
A partir dos tratados de paz com o Egito (1979) e Jordânia (1994), e com o enfraquecimento de nações igualmente hostis como Síria, Iraque e Líbia, os conflitos praticamente se restringiram aos combates contra os grupos terroristas Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano, braços armados do Irã nas fronteiras israelenses.
Antissemitismo sem fronteiras
Mais recentemente, em 2020, com o Acordo de Abraão, assinado entre Israel e Emirados Árabes Unidos, o isolamento do Irã e de outros povos xiitas tornou-se mais acentuado, pavimentando a – ainda que distante, mas possível – chance de paz na região, e a criação de um estado palestino independente, algo sempre aceito por Israel.
O empecilho para a concretização deste sonho de israelenses, sírios, libaneses, palestinos e até mesmo de boa parte dos sunitas da região – não por amor a Israel, obviamente, mas por ódio ao Irã – é a ainda existência do terrorismo, suportado política, financeira e militarmente por Irã, Rússia, Coreia do Norte e China.
Contudo, o chamado “eixo do mal” não está sozinho em sua cruzada antissemita. À distância, sem poderio militar e econômico, e mesmo sem qualquer relevância diplomática, apoiam o terror fundamentalista islâmico contra os judeus, o Brasil, a Venezuela e outras republiquetas sob governos de esquerda.
Ogivas de ódio
O alinhamento antissemita global conta, também e inclusive, com líderes políticos de esquerda relevantes, como o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, recém-declarado “persona non grata” por Israel, por seu posicionamento parcial contra os judeus e apoio velado ao terrorismo iraniano.
Por aqui, é notório o posicionamento anti-israelense do governo federal, notadamente do próprio presidente Lula, bem como de seu assessor especial, o ex-chanceler Celso Amorim, além, é claro, de seus comparsas petistas como Gleisi Hoffmann, José Dirceu, Rogério Correia e outros aduladores de tiranias antissemitas.
Os mísseis iranianos, por ora, não carregam ogivas nucleares, capazes de extinguir os judeus e Israel do Oriente Médio, mas carregam o indefectível ódio das esquerdas às democracias capitalistas do planeta, especialmente à maior e mais poderosa delas, os Estados Unidos da América, aliado incondicional de Israel.
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