José Luiz Datena chega para o dia da votação frustrado com o próprio desempenho e abalado emocionalmente. Traumatizado, ele já antecipou que, com a derrota, está consumada a sua aposentadoria da vida política.
Não deveria sequer ter entrado. Sua participação foi o mais absoluto fiasco e, para piorar, reacendeu a acusação de assédio sexual que teria sido cometido contra uma repórter da Band.
Datena, assim como Nunes e Boulos, não contava com a onda em torno de Marçal.
Comunicador há mais de 30 anos, Datena teve dificuldades para debater, virou meme por gaguejar em público e só conseguiu o protagonismo em debate ao desferir uma cadeirada em Marçal.
Deu sorte. No rigor da lei, deveria ter saído preso do estúdio da TV Cultura.
Por outro lado, a Band enfrenta um dilema sobre o futuro de José Luiz Datena na emissora.
Internamente, há uma divisão sobre a volta do apresentador ao comando do Brasil Urgente, com parte da diretoria temendo que sua participação possa comprometer a credibilidade jornalística do Grupo Bandeirantes.
Executivos expressaram preocupação com a imparcialidade de Datena ao tratar de temas relacionados à prefeitura, como críticas à gestão diante de problemas comuns, como enchentes ou ruas esburacadas.
A possibilidade de ele comandar reportagens sobre a administração que tentou liderar gerou mal-estar na redação da emissora. Com a realização do primeiro turno das eleições, neste domingo (6), a discussão sobre o retorno de Datena ganhou força.
Dentro da Band, alguns defendem que, caso Datena volte, ele assuma outras funções, como no esporte, em vez de retornar ao Brasil Urgente.
No entanto, mesmo que ele aceite essa mudança, sua volta ao ar só ocorreria em 2025, para permitir um "descanso de imagem".
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