Número representa uma área mais de 13 vezes maior que a cidade de São Paulo, de acordo com Imazon.
Em setembro de 2024, a Amazônia registrou 20.238 km² de áreas degradadas. Trata-se do maior nível em 15 anos. Esse número representa uma área mais de 13 vezes maior que a cidade de São Paulo, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon. O Imazon monitora o desmatamento e a degradação florestal com imagens de satélite desde 2008.
De acordo com a pesquisadora Larissa Amorim, a principal causa da degradação em setembro foi a intensificação dos incêndios florestais. O mês costuma registrar altos níveis de danos ambientais, mas os números deste ano superaram de forma significativa os dados anteriores.
Acúmulo de 26.246 km² em 2024
De acordo com o instituto, setembro marcou o quarto mês consecutivo de aumento nas áreas degradadas. Os registros apontam um acumulado de 2024 para 26.246 km² – quase quatro vezes maior que o recorde anterior, de 6.869 km² em 2022.
O Pará foi o estado com a maior porcentagem de áreas degradadas, com sete dos dez municípios mais afetados. São Félix do Xingu, com 3.966 km², Ourilândia do Norte, com 1.547 km² e Novo Progresso, com 1.301 km², estão entre os mais afetados. Outros estados no topo da lista são Mato Grosso (25% das áreas degradadas), Rondônia (10%) e Amazonas (7%).
O coordenador do programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza Jr., destacou que, historicamente, Mato Grosso liderava as taxas de degradação. No entanto em 2024, o Pará registrou números alarmantes. Em setembro, foi decretada uma situação de emergência com proibição do uso de fogo. Contudo, Souza reforça que essas medidas precisam vir acompanhadas de fiscalização e responsabilização dos envolvidos para que surtam efeito positivo.
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