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Trump planeja acabar com o marxismo nas escolas e erradicar a agenda woke nos EUA

 
Se a reforma de Trump sair do papel, o sistema de educação dos EUA dará uma guinada na agenda progressista em vigor no país. O presidente afirmou que cortará investimentos federais de qualquer programa que promova a teoria crítica da raça, a ideologia de gênero e outros conteúdos raciais, sexuais ou políticos que ele considera “inapropriados para nossas crianças”.
O plano de reforma do sistema educacional de Trump foi apresentado pela primeira vez em julho, quando afirmou que as instituições de ensino estão “tomadas por maníacos da esquerda radical”.
Trump disse ainda na ocasião que o marxismo pregado nas instituições é "totalmente hostil aos ensinamentos judaico-cristãos”, depois de dar diversas declarações condenando o antissemitismo nas universidades americanas, culpando a gestão de Joe Biden pelos episódios.
O líder republicano também propôs a criação de um órgão que, entre outras funções, seria capaz de “certificar professores que adotem valores patrióticos (…) e entendam que seu trabalho não é doutrinar as crianças”, mas simplesmente educá-las.
Trump chegou a prometer fechar o Departamento de Educação, mas a tentativa de fundir a pasta com o Ministério do Trabalho fracassou no Congresso durante seu primeira mandato.
Com o controle da Câmara e do Senado confirmado para os Republicanos, os legisladores podem avançar com o plano de reforma educacional neste novo mandato.
O presidente eleito dos EUA não pode cortar unilateralmente o financiamento de instituições de ensino, mas como líder da Casa Branca pode pressionar escolas e universidades, por exemplo, a combater o antissemitismo, encerrar programas de identitarismo e outras pautas fortemente financiadas pelo governo Biden-Harris.
A atual gestão democrata da Casa Branca adotou uma abordagem agressiva de financiamento em questões que envolvem diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês), resultando em centenas de iniciativas em agências federais.
Em 2021, no ano em que assumiu a presidência, Biden emitiu uma ordem executiva para que as agências federais priorizassem a política DEI em seus recrutamentos e no momento de considerar promoções de funcionários. Rapidamente, essas questões se tornaram um tema dominante dentro do governo federal.
Um dos programas controversos da gestão Biden-Harris é o Faculty Institutional Recruitment for Sustainable Transformation (FIRST, na sigla em inglês; Recrutamento Institucional de Docentes para Transformação Sustentável, em tradução livre), que concede bolsas às principais universidades para contratar cientistas de origens minoritárias.
Segundo a revista conservadora National Review, parte dos recursos públicos destinados ao programa FIRST busca financiar “centros de excelência” nas universidades, para promover o “recrutamento, treinamento e retenção de estudantes e professores de minorias sub-representadas em instituições com foco na área da saúde”.
Trump já selecionou uma série de nomes para compor seu governo, no entanto um possível candidato para assumir o Departamento de Educação ainda não foi divulgado. Cargos de gabinete geralmente vão para políticos proeminentes e aliados políticos.
Em sua agenda pré-eleitoral, o agora eleito presidente Trump defendeu uma “escolha universal de escola para cada família americana”, o que pode significar que seu governo fornecerá um subsídio para mensalidade de escola privada ou outras despesas educacionais fora do sistema de escola pública.
Trump indicou que apoiaria o Educational Choice for Children Act, projeto já proposto no Congresso. Se aprovada, a lei forneceria US$ 10 bilhões em créditos fiscais federais para o pagamento de mensalidades de escolas particulares, educação domiciliar ou outros custos educacionais para famílias americanas.
Essa não é a primeira vez que Trump anuncia esforços para subsidiar escolas privadas. Em seu primeiro mandato, o ex-presidente apresentou propostas semelhantes que falharam em angariar apoio no Congresso.

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