Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram um marco preocupante em 2024: o maior número de queimadas na Amazônia nos últimos 17 anos. Com 137.538 focos registrados até dezembro, um aumento de 43% em relação a 2023, a situação ambiental da região chega a níveis críticos.
Setembro: o pior mês de todos
O mês de setembro foi particularmente devastador, com 41.463 focos de calor, superando em muito a média histórica de 32.245. Esses números se traduzem em um impacto severo sobretudo nas comunidades locais.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram um marco preocupante em 2024: o maior número de queimadas na Amazônia nos últimos 17 anos. Com 137.538 focos registrados até dezembro, um aumento de 43% em relação a 2023, a situação ambiental da região chega a níveis críticos.
Setembro: o pior mês de todos
O mês de setembro foi particularmente devastador, com 41.463 focos de calor, superando em muito a média histórica de 32.245. Esses números se traduzem em um impacto severo sobretudo nas comunidades locais.
A vulnerabilidade única da floresta amazônica
A Amazônia, com sua vegetação densa e úmida, é particularmente vulnerável à queimadas. Diferentemente do Cerrado, um bioma adaptado ao fogo, a floresta amazônica não desenvolveu mecanismos de resistência.
Além disso, 50,6% dos focos de calor do país ocorreram na Amazônia, superando outros biomas como o Cerrado (29,6%) e a Mata Atlântica. O impacto ambiental e social é amplificado devido à fragilidade da biodiversidade amazônica.
Diante do cenário crítico, o Pará decretou estado de emergência ambiental. Posteriormente, ainda mobilizou 120 bombeiros em cinco frentes, além de equipamentos como helicópteros e viaturas. Contudo, apenas 30% do território do estado está sob sua jurisdição, enquanto os 70% restantes são de responsabilidade federal.
O governo federal, por sua vez, investiu em estratégias mais amplas, como a criação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo e o Comitê Nacional de Manejo. Além disso, liberou R$ 514 milhões para combater incêndios e queimadas na Amazônia. Apesar disso, a eficácia das medidas é limitada pela escala e pela complexidade dos incêndios.
Ambientalistas apontam que, sem um compromisso sério com a preservação ambiental, os recordes negativos de 2024 podem se tornar a nova norma.
Reações na Internet: “onde estão os artistas?”
Em 2021, diversos artistas brasileiros participaram de um vídeo promovido pelo Greenpeace, intitulado “Defund Bolsonaro”. O vídeo visava chamar a atenção para as queimadas na Amazônia e criticar principalmente as políticas ambientais do governo da época.
No entanto, em 2024, diante de um aumento significativo nos focos de incêndio na região, muitos internautas questionaram o silêncio desses mesmos artistas. Usuários principalmente do X, antigo twitter, acusa os artistas de seletividade e oportunismo. Comentários nas redes sociais sugeriam que a preocupação demonstrada anteriormente estaria mais relacionada a interesses financeiros, como benefícios obtidos por meio da Lei Rouanet, do que a um compromisso genuíno com a causa ambiental.
Uma usuária em um post sobre o assunto no Instagram foi enfática: “Nunca foi pela Amazônia, e sim pela Lei Rouanet! Ganharam para cantar e estão ganhando para ficarem calados. Viva lei Rouanet”. Já outra, identificada apenas como “Paula”, escreveu: “Graças a Deus eu não consumo absolutamente nada dessa galerinha do amor.”
Essas reações refletem uma percepção pública de que a postura dos artistas em relação às questões ambientais pode estar influenciada por fatores políticos ou financeiros, gerando debates principalmente sobre a autenticidade e consistência de seu ativismo.
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