Falta apenas uma semana para Donald Trump tomar posse como o 47º presidente dos Estados Unidos. E mesmo antes de reassumir o Salão Oval da Casa Branca, o 'efeito Trump' já demonstra ser devastador. Nos últimos dias, Mark Zuckerberg anunciou que a Meta — controladora do Facebook e Instagram — deixará de utilizar programas de checagem independente de informação, frequentemente criticados por seu viés ideológico esquerdista. O McDonald’s, por sua vez, encerrou seus programas de inclusão e diversidade, enquanto a gigante de gestão de ativos BlackRock abandonou um importante grupo climático.
Com a ascensão da onda conservadora nos EUA, consolidada no ano passado e culminando na vitória eleitoral do republicano, especialistas indicam que o ambiente corporativo americano está esvaziando a agenda progressista e identitária. As políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) têm perdido força. Ainda nesta semana, Zuckerberg também anunciou o fim das restrições a conteúdos considerados “culturais e políticos” em suas plataformas. Publicações que associem, por exemplo, “doenças mentais” a gênero ou orientação sexual não serão mais restringidas, especialmente quando inseridas em debates políticos ou religiosos.
A Harley Davidson, por sua vez, eliminou sua divisão de DEI em abril passado, abandonando metas de gastos com fornecedores liderados por minorias e reduzindo treinamentos sobre temas sociais. A Amazon, maior varejista on-line do mundo, também seguiu a mesma linha. Em um memorando interno de dezembro, a empresa anunciou o fim de programas considerados desatualizados como parte de uma ampla revisão de suas políticas de diversidade.
Essa onda conservadora tem grandes chances de se espalhar com força pelo Brasil. O mundo está se tornando mais suave.
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