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Mapa interativo mostra territórios dominados por facções no Rio de Janeiro

Grupo que criou a ferramenta queria ajudar os motoqueiros e motoristas de aplicativo a andarem pela cidade em segurança.
Um mapa interativo que mostra detalhes sobre as áreas dominadas pelas principais facções do Rio de Janeiro tem viralizado nas redes sociais.
O mapa foi criado ano passado pelo canal Pega a Visão RJ no Google Maps e já tem 4.943.464 visualizações.
As regiões marcadas no mapa são dominadas pelos grupos criminosos mais poderosos do estado, como:  
  • Comando Vermelho (CV); 
  • Terceiro Comando Puro (TCP); 
  • Amigos dos Amigos (ADA); 
  • Milícia do Zinho (antiga Liga da Justiça); 
  • outras Milícias 
Cada região controlada por um grupo é representada no mapa por uma cor específica com as iniciais da facção que domina a região. 
Além disso, áreas neutras e posições importantes da Polícia Militar também são representadas através do mapa através da caveira que é símbolo do BOPE.
A cidade maravilhosa que foi retratada por alguns dos maiores artistas do Brasil se transformou hoje tem seus territórios disputados por facções criminosas.
Uma das pessoas responsáveis por manter o mapa que escolheu não se identificar deu uma entrevista ao Poder 360.
Ela menciona que o mapa é feito e atualizado a partir de informações repassadas por moradores das regiões:
“A maioria das regiões eu conheço, pois já circulei por muitas delas. E temos um grupo com pessoas de praticamente todas as comunidades do RJ que nos auxiliam com informações sobre as comunidades”.
A pessoa também conta que a iniciativa surgiu com a ideia de “ajudar amigos motoboys” a andarem pela cidade em segurança.
Segundo o criador do mapa, o objetivo da ferramenta é ajudar os trabalhadores a “não entrarem em áreas de facção rival onde moram”. 
Ele também afirmou que essas pessoas correm riscos, mesmo que não façam parte de nenhuma facção:
“Mesmo não tendo ligação com criminosos aqui no Rio de Janeiro, só o fato de você morar em área de um facção rival você pode ser morto, simplesmente por esse motivo”
Além disso, algumas facções proíbem a entrada de motoqueiros e motoristas de aplicativos em comunidades.
Isso acontece principalmente para que esses grupos possam manter o monopólio de serviços de transporte irregulares.
Segundo informações do jornal O Globo, apenas na Rocinha, traficantes do CV faturam em média R$12 milhões por mês, ganhando mais dinheiro com extorsões do que com a venda de drogas.
Apenas com as taxas semanais de R$150 para serviços de mototáxi e de R$930 no transporte com vans clandestinas, o grupo consegue faturar mais de R$1,5 milhão ao mês.

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