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Pé-de-Meia: levantamento mostra mais beneficiados do que estudantes


Cidades em ao menos três estados registraram irregularidades.
De acordo com levantamento do Estadão, foram descobertas supostas fraudes no programa em ao menos três estados: Bahia, Pará e Minas.
O Pé-de-Meia é um programa do governo brasileiro que oferece incentivo financeiro a estudantes de baixa renda do ensino médio público para evitar que eles necessitem deixar a escola por motivo financeiro. Ele funciona como uma poupança, com valores que podem chegar a R$ 9,2 mil, pagos conforme critérios como frequência e conclusão dos estudos.
A discrepância inclui pagamentos a famílias acima do limite de renda e cobertura de mais de 90% dos estudantes em outros municípios.
Em algumas cidades, o número de beneficiários supera o de alunos matriculados no ensino médio. 
Em Riacho de Santana, cidade de 35 mil habitantes a 500 km de Salvador, o Ministério da Educação (MEC) registra 1.231 bolsistas do programa Pé-de-Meia em fevereiro, totalizando R$ 1,75 milhão em pagamentos.
A direção do Colégio Sinésio Costa, único de ensino médio público na cidade, informa que há apenas 1.024 alunos matriculados.
A Secretaria estadual afirma que o Colégio Sinésio Costa, considerando seus anexos, tem 1.266 alunos.
O MEC, por sua vez, aponta um total de 1.860 alunos na unidade, divergindo dos números locais.
Após admitir o erro, o ministério corrigiu para 390 matriculados e 224 beneficiários, afirmando que a Secretaria de Educação da Bahia por misturou dados.
Em Porto de Moz (PA), às margens do Rio Xingu, são 1.687 bolsistas e R$2,75 milhões pagos. Os diretores das duas escolas estaduais contam 1.382 alunos, mas o MEC alega 3.105 matriculados. 
Em cidades como Quixabá (PB), com 66 bolsistas e 67 alunos, e Alcântara (MA), com 833 beneficiários e 839 matriculados, mais de 90% recebem o benefício.

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